As tendências da Cyber Week 2020: vendas online crescem expansivamente em meio a pandemia

Outra Cyber Week passou e os dois maiores dias de vendas online – Black Friday e Cyber Monday foram oficialmente encerrados. Ao analisar as tendências e estatísticas da Cyber Week deste ano, é difícil de ignorar a pandemia e seu efeito dominó nos aspectos do dia-a-dia.

Se existiu algo positivo para os varejistas nessa situação de pandemia, foi a crescente procura na indústria de comercio eletrônico, ao passo que cada vez mais os consumidores preferem fazer compras online e evitar as multidões da temporada de festas. Esta mudança repentina no modo de consumo prejudicou os processos de alguns varejistas e demandou algumas rápidas inovações, mas ao mesmo tempo proveu aos compradores um método confiável para fazer compras em casa e com segurança.

Aqui, serão analisadas algumas das principais tendencias que moldaram a Cyber Week na temporada de festas.

1. Os novos consumidores online do período de pandemia

O comercio digital presenciou um forte crescimento desde a pandemia e está recebendo cada vez mais consumidores online.  De acordo com os dados da Adobe, no geral, 9% das vendas geraram novos consumidores online, ao passo que muitas lojas migraram para os marketplace online neste período. Esta tendencia foi bem visível no Dia de Ação de Graças, em um cenário em que muito dos grandes varejistas fecharam suas portas em suas lojas físicas, mas continuaram a receber pedidos em seus sites de comercio eletrônico, onde ofereceram grandes descontos. Os varejistas de destaque que aderiram a estes métodos foram Walmart, Target, Dick’s Sporting Goods, Kohl’s, Ulta Beauty, Best Buy, e The Home Depot. Os estados com restrições mais rigorosas para o COVID viram um aumento respectivamente maior em suas vendas não-físicas.

Devido as restrições da pandemia, muitos consumidores evitaram completamente espaços internos com multidões, como lojas e shoppings. O movimento dentro de lojas físicas caiu 50% em comparação ao ano passado, de acordo com o estudo realizado pela Coresight Research. Diferente das tendências do períodos de festas anteriores, os compradores não foram pela manhã às lojas – ao invés disso, escolheram ir pela tarde ou noite para evitar a correria e manter o distanciamento social.

2. As vantagens do Cyber Monday

Tratando-se da Cyber Monday, os clientes não precisam se preocupar sobre o encerramento do Dia de Ação de Graça ou com horário da Black Friday, pois podem evitar ficar em longas filas com o atual cenário de distanciamento social. O Cyber Monday foi o maior dia único de compras online do ano até agora, superando até mesmo as vendas de $10.4 bilhões nas 48 horas do Prime Day. A Cyber Monday cresce 15% ano a ano de acordo com os dados coletados pela Adobe, atingindo um recorde de U$10.8 bilhões em vendas, tornando-se o maior evento de dia único dos Estados Unidos. A previsão original da Adobre era de $12.7 bilhões, que posteriormente foi revisada e diminuída devido ao Prime Day ocorrer em novembro e às vendas da Black Friday começando mais cedo do que nunca neste ano.

3. A Black Friday atinge um novo recorde

De acordo com a Adobe, que está acompanhando o número de vendas da Cyber Week, a Black Friday atingiu um novo recorde com consumidores gastando $9.0 bilhões e um aumento de mais de 21% a mais que o último ano. Os principais itens que marcaram a escala das vendas foram consoles de jogos, vídeo games, conjuntos Lego, brinquedos Barbie, Hot Wheels, tecnologia conectada (Airpods, Apple Watch, Amazon Echo AMZN + 1,6%), TVs Samsung e laptops HP.

Este forte crescimento também foi possibilitado por cada vez mais consumidores estarem migrando seus hábitos de consumo de compras online. Novos consoles, telefones, dispositivos inteligentes e TVs conhecidas, como as compras tradicionais da Black Friday, dividiram o espaço com compras não tradicionais neste ano, como mantimentos, roupas e álcool, que eram comprados de forma física anteriormente. Quando olhamos para a opção de retirada na loja ou em pontos terceirzados, houve um aumento de 52% na Black Friday em comparação com o ano passado.

4. Compras mais cedo

Comparado ao ano anterior, o Dia de Ação de Graça testemunhou um aumento de 20% em vendas online. Embora este seja um bom crescimento, ainda não parece muito se comparado com o crescimento do comercio online durante a pandemia, e ainda menos quando analisado o crescimento anual do comercio eletrônico de 40% ano após ano. Os seguintes acontecimentos influenciaram significativamente nesta mudança: a antecipação da Black Friday e da Cyber Monday parece ter suavizado o crescimento do Dia de Ação de Graças. Grande parte dos varejistas online e offline executaram suas campanhas de descontos por um período mais longo dessa vez. Mais de 70% dos varejistas, 50 principais varejistas online dos Estados Unidos, estavam oferecendo descontos da Black Friday a partir da segunda-feira, apenas três dias antes do Dia de Ação de Graças. Uma das razões que motivou a estratégia foi foi o alívio de parte da pressão que acompanhava o atendimento de uma grande quantidade de pedidos online. Muitos varejistas começaram cedo para evitar a pressa nos envios. Este cenário foi o ideal, considerando o peso e a tensão que a pandemia colocou sobre as cadeias de suprimento e as operações de atendimento.

Os dados da Adobe mostram claramente que os consumidores definitivamente aproveitaram as ofertas antecipadas. As vendas online subiram 72% na terça-feira antes do Dia de Ação de Graças e 48% na quarta-feira seguinte. Nas palavras de Taylor Schreiner, Diretor da Adobe Digital Insights, “grandes descontos e promoções extensivas a partir do início de novembro conseguiram fazer com que os consumidores abrissem suas carteiras mais cedo.”

5.  A mudança de foco para uma temporada de compras mais longa

Uma das principais tendencias de crescimento em torno dos eventos de compras agora é sua maior duração. A Black Friday cresceu e se tornou a Cyber Monday e eventualmente a Cyber Week. Observando como os varejistas começaram a distribuir descontos no inicio do mês, é seguro dizer que agora o evento começou a se transformar em um Cyber Month. Se nós olharmos globalmente, a tendencia é semelhante. Observando o Singles Day do Alibaba, suas vendas são regularmente maiores que o Prime Day, e até mesmo da Black Friday e Cyber Monday combinadas, tornando-o o maior evento de comprar do mundo. Este ano o evento durou 11 dias e rendeu ao Alibaba 21 vezes mais pedidos em termos de valor comparado ao evento global Prime Day de dois dias da Amazon.

Com eventos como o Singles Day e a Black Friday,  o comércio físico vem perdendo sua influência ao longo dos anos, e cada vez mais consumidores estão focando no online e no varejo, possibilitando que façam compras no conforto de suas casas. A pandemia de COVID pode ser um golpe fatal que causará sérios danos a este setor da indústria. Como estratégia, a maioria dos varejistas agora estão minimizando o evento de um único dia, enquanto o conceito de Black Friday ainda existe, agora está sem a janela de tempo de 24 horas.

A Home Depot, vendedores de decoração natalina como árvores de natal artificiais, está estendendo os especiais da Black Friday por mais de dois meses, para que seus clientes não sintam a necessidade de correr para a loja para aproveitar um desconto. Ao fim, todas essas estratégias estão voltadas a como manter o cliente em primeiro lugar.

A Amazon já havia adiado o Prime Day para outubro deste ano, embora tenha realizado o Prime Day na Índia em agosto. Há muitos motivos pelos quais os varejistas online estão adotando essa abordagem de temporada de compras mais longa.

Mais e mais consumidores estão preferindo o smartphone como o principal dispositivo para fazer compras e os varejistas estão felizes em oferecer essa conveniência.

As restrições da COVID significam que estacionamentos lotados e lojas cheias caíram em desuso.

Prolongar a temporada de férias também significa uma melhor lucratividade em um período mais longo e permite que mais pessoas participem.

6. Crescimentos das compras no smartphone e pontos de retirada

Tornou-se um recorde quando as vendas por smartphone atrairam 46,5% das vendas online no Dia de Ação de Graças (de acordo com dados da Adobe). No ano anterior, o tráfego foi de 44,9%. Com menos consumidores viajando por conta de picos nos casos COVID, os computadores também apresentaram números promissores em termos de tráfego e compras. De acordo com os dados do Salesforce, os computadores desktop representaram 26% do tráfego e 49% das vendas nas terças e quartas anteriores ao Dia de Ação de Graças. Além do mais, as taxas de conversão em computadores, como de costume, foram o dobro das de celulares, 5,8%. As vendas por desktop também obtiveram um valor médio de pedido mais alto de $122, cerca de 20% a mais que as compras por celular.

Com a segunda onda de pico de COVID sendo testemunhada em alguns dos estados e as restrições de capacidade nas lojas, a vendas por ponto de retirada tornaram-se uma opção popular, especialmente durante a temporada de festas. Os comerciantes que ofereceram este recurso aumentaram suas vendas digitais em até 25%. De acordo com os varejistas da Adobe, estes agentes viram uma taxa de conversão 31% maior de tráfego para seus sites.

7. Perfil de compras e compradores

De acordo com uma análise da Prosper Insights & Analytics, quem mais gastou durante o período da Cyber Week dentro de cinco dias se enquadra na faixa etária de 35 a 44 anos. Essa faixa de idade gastou em média US$ 380, US$ 70 a mais do que o comprador médio. Enquanto os consumidores compraram uma mistura de presentes de Natal, a mercadoria mais vendida foram as roupas, com 52%, seguida por brinquedos com 32%, livros e outras mídias com 29%. De acordo com a NRF, as vendas da temporada de festas de 2020 provavelmente aumentarão à medida que mais americanos gastam menos em viagens e jantares fora, e desviam esse dinheiro para compras. Prevê-se que os compradores estejam entusiasmados com as suas compras e, quando a Cyber Week regressar no próximo ano, poderá ser a maior de todos os tempos devido à procura reprimida.

Principais Dados e Conclusões.

  • Reunidas aqui, estão algumas das principais estatísticas e observações da Cyber Week deste ano:
  • Black Friday registra vendas de US$ 9,03 bilhões, acima dos US$ 7,4 bilhões em 2019
  • O Dia de Ação de Graças registra vendas de US$ 5,1 bilhões, um salto de 21,5% em relação ao ano passado.
  • Os smartphones geraram 60% do tráfego do site de varejo online e 40% das compras.
  • As retiradas em pontos terceirizados e na loja teviveram um aumento de 52% em comparação com o ano passado
  • 42% das compras de fim de ano foram concluídas entre 1º de novembro e 30 de novembro, num total de US$ 189 bilhões previsto pela Adobe.
  • O gasto médio com compras (presentes, decorações, alimentos) foi de $311,75, de acordo com a NRF
  • O apetite do consumidor ainda existe: segundo os entrevistados pela NRF, a grande maioria ainda têm metade das compras para serem concluídas.

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